Tudo começa com um sonho. Uma vontade de atingir objetivos. De sentir satisfação e alegria por conseguir de verdade o que tanto desejamos. E, como não, de se orgulhar muito das nossas vitórias?

Muitos de nossos planos acabam passando, querendo ou não, pela parte financeira. Por exemplo: quem nunca sonhou em casar e formar uma família?

Casar-se não é apenas unir-se à alguém. Envolve também ter um local para dividir um lar, ter uma mobília, tentar deixar a casa “do jeito que queremos”. Significa sair da casa dos nossos pais e passar a arcar de verdade com despesas, quando não se morava sozinho antes. É entrar em aluguel ou partir para um financiamento (há muito o que se pensar antes de tomar uma decisão dessas).

Mas a mudança envolve custos. Nem que para isso seja necessário fazer uma obra, comprar móveis, pintar, se desfazer de coisas e claro, substituir por outros itens que vamos precisar.

E quando se fala em casamento, fala-se em festa, fala-se em uma cerimônia (mesmo que para os amigos mais íntimos e a família). E sempre tem uma despesa por trás, por menor que seja. Basta lembrar que a igreja tem custos…

E por aí vão esses sonhos: um casamento, a lua de mel, uma casa nova, um carro novo, uma viagem dos sonhos. O orçamento para uma faculdade, uma especialização ou uma pós-graduação.

Para tudo é preciso pensar em planejamento. O não planejamento leva a custos desnecessários

Para isso, é preciso se organizar. Mas, como conseguir se planejar? Existe algum tipo de “check-list” que seria importante ter em mente?

Claro que sim!!! E, como planejador financeiro CFP ®, que tal aproveitar algumas dessas etapas?

Separamos aqui uma lista do que é preciso ter em mente ANTES de começar um projeto, seja ele qual for, desde que envolva algum tipo de desembolso financeiro…

Vamos lá?

Constatação: É preciso ter Educação Financeira!!!

Ter uma boa relação com o dinheiro está longe de ser realidade para a maioria dos brasileiros. A educação financeira parece insistir em não fazer parte da cultura do brasileiro. O que se vê é o crescente estímulo ao consumo e pouco se fala em poupar e MENOS ainda, investir.

Atingir um bem-estar financeiro independe do status social da pessoa. Você sabia disso? Independe também do quanto ela ganha. Na verdade, depende de como ela gasta. Da forma como ela consome e como conduz sua vida.

Conheço diversos executivos que tem um elevado padrão de vida e não conseguem ser felizes, ter a tão sonhada paz financeira. Também conheço alguns (que são meus clientes), com um padrão de vida mais modesto, mas que não possuem dívidas (tudo bem, seguiram o planejamento financeiro que traçamos), mas hoje se dão ao luxo de investir e poupar seguidamente todos os meses. E, se você me perguntar… quem está mais feliz? E quem estará atingindo um novo patamar financeiro no futuro próximo melhor? Você consegue imaginar?

Quando financeiramente organizada, a pessoa começa a ter paz para poder tocar seus projetos, sem as preocupações que a levam ao estresse e ao mau desempenho profissional. Sim, dívidas consomem tempo de trabalho, produtividade, mesmo que pareçam imperceptíveis. Os resultados, mesmo que bons, poderiam ser melhores se o empregado estivesse 100% dedicado ao seu trabalho, no horário do expediente, ao invés de tentar negociar dívidas com credores, fazer contas para fechar o mês, entre outras atividades realmente angustiantes que só tem noção quem já passou por isso.

Assim, algumas regras básicas para uma vida financeira tranquila são:

1 – Nunca gaste 100% dos seus ganhos líquidos

Você precisa primeiro formar uma reserva de emergência. Em seguida, começar a investir. Esse é o caminho. O tamanho da reserva depende muito de família pra família, mas, se deseja um número mínimo, diria pelo menos 9 meses de despesas mensais líquidas, considerando um cenário sem emprego, a famosa fase de transição…

2 – Não contraia empréstimos para adquirir bens não-duráveis, tais como celulares, eletrônicos, carros, roupas, relógios, bolsas, etc.

Em 2018, por exemplo, em uma pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), apenas 8% dos brasileiros conseguiram “fazer sobrar” algo do dinheiro recebido no ano. Curiosamente, no início do ano, o percentual de pessoas interessadas em poupar era 7 vezes maior. Vemos nesse simples exemplo uma diferença muito grande entre querer e conseguir.

Daí, continuamos nossa lista:

3 – Aprenda um pouco sobre investimentos (E FUJA DA POUPANÇA)

Entenda que poupança não é investimento. Por mais que você vá ler que a poupança é a “preferida” dentre as opções do brasileiro. Saiba que este resultado só é verdadeiro devido ao total desconhecimento de alternativas de investimentos. E há muitas acessíveis, com liquidez alta e baixo risco, por exemplo.

Como dissemos anteriormente, educação financeira está longe de ser uma realidade brasileira. O brasileiro, coitado, “desinveste” seu dinheiro quando deposita na poupança. Simplesmente porque a poupança consegue perder para o índice de inflação. Em tese é um investimento seguro, mas não garante que não há perdas. Uma vez que a inflação é maior que os rendimentos, significa dizer que após um período investindo na poupança, VOCÊ perderá dinheiro!

Entenda também que compra de bens duráveis nunca será considerada uma forma de investimento. Por mais que isso possa parecer óbvio, muitas pessoas não se dão conta disso e pensam que ao adquirir um carro, por exemplo, terão o patrimônio mantido ou boa parte dele preservado.

4 – Invista em Previdência Privada (mas escolha a correta!)

É fundamental! Não é qualquer plano de previdência que será a solução para seu futuro! Muito longe disso.

E não dá para pensar em começar a reservar para a aposentadoria depois de constituir uma boa reserva financeira.

Enquanto que no mundo 89% das pessoas possuem planos de previdência, a realidade no Brasil é totalmente diferente. Apenas 15% possui um plano de previdência privada.

Esses 85% das pessoas vão viver apenas do INSS? Vão trabalhar vitaliciamente? Será que terão emprego pelo tempo que precisarem? Vão ter saúde para desempenhar o seu trabalho profissional no mesmo nível de antes? As empresas estarão dispostas a arcar com salários muito altos, podendo absorver mão-de-obra qualificada, jovem e bem mais barata?

Então, sinceramente…. não conte com a sorte!

Comece agora (hoje mesmo) o seu plano de aposentadoria.

Para que você não tenha dúvidas onde procurar, a Multixplique indica a Previdência Digital, através desse link aqui. É o plano da Fundação Mais Futuro.

Logo vamos fazer um post específico sobre a Mais Futuro, mas, sem dúvidas, é a melhor previdência privada do Brasil. Faça uma simulação nesse link.

Não estamos falando de PGBL ou VGBL… não se iluda com esses planos terríveis do mercado! São planos feitos por bancos ou sociedades com fins lucrativos! São portanto mais caras e não necessariamente terão condições de lhe proporcionar um benefício à altura das suas necessidades.

A previdência da Mais Futuro é um plano feito por uma Entidade Fechada de Previdência Complementar, que não visa o lucro! Sabendo disso, pode ter certeza que custará menos se aposentar!

Isso mesmo! Uma previdência sem fins lucrativos!!! Onde você encontra uma dica relevante para ter uma previdência privada assim???

5 – Estude sobre o assunto INVESTIR

Você tem diversas fontes, como o próprio Portal Multixplique, com muito conteúdo gratuito para se informar sobre planejamento financeiro, sobre investimentos, previdência, etc. Mas existem outras fontes abundantes, seja no Youtube, nas redes sociais, ou em sites especializados em uma linguagem de fácil acesso. Detalhe, tudo grátis!

Quanto mais você passar a entender, mais seguro irá ficar para que possa tomar melhores decisões financeiras irá tomar! Se mesmo assim não estiver confiante, procure um especialista. Estamos aqui para lhe ajudar no que for preciso.

6 – Elimine suas dívidas

Viver endividado é o mesmo que tentar passear em um barco furado por um rio. Por mais que você esteja jogando água com um balde, sempre entrará água em seu barco e o mesmo tenderá a afundar. No caso, sua vida financeira irá sempre “puxar você para o buraco”. A única forma de tirar a água do barco, de uma vez por todas, é tampar os furos.

Entenda de uma vez por todas: as dívidas devem ser quitadas. Mesmo que sejam feitos sacrifícios maiores do que você gostaria. No final, você será recompensado!

Nada de cartões de créditos parcelados nem utilizar o cheque especial. Se for para sair de dívidas assumindo outras, busque as menores taxas, como por exemplo os empréstimos consignados. Se você investisse por exemplo na Mais Futuro (o plano de previdência que falamos acima), teria direito a um crédito de aproximadamente 70% do seu saldo, com direito a uma taxa de juros muito baixa. Quanto? Menos de 0,8% a.m + inflação.

Tudo sem burocracia, e com a vantagem de que o dinheiro continua investido, rendendo juros. Ou seja, você não realiza um saque para poder pagar dívidas. Não diminui seu patrimônio. Você o usa para se financiar. É como se você pegasse emprestado de você mesmo!

Então, uma vez que seu dinheiro está lá aplicado, essa taxa de juros que você contrata acaba na prática sendo ainda menor ainda!!! É um dos pouquíssimos meios de se utilizar de uma própria reserva financeira, sem se descapitalizar para conseguir sair de outras dívidas maiores.

Para você que não sabia desse tipo de “estratégia”, saiba que ela é plenamente viável e sem burocracia.

Mas, antes que venha a pergunta… “por que os juros são tão baixos?”

A resposta é simples. Quando uma sociedade de crédito oferece um empréstimo, ele precisa embutir o risco de inadimplência. Só que, neste caso, o dinheiro já está inteiramente depositado na Fundação. Assim, você toma emprestado apenas uma parte menor do que está aplicado, que já é seu. Caso você não honre os pagamentos, eles serão recuperados através do seu saldo que está lá depositado.

7 – Tenha um orçamento pessoal

Não confie nos seus impulsos. Você vai falhar em algum momento, infelizmente…

Quando temos um orçamento, sabemos exatamente o quanto podemos gastar em cada item que orçamos. Se algum item superar a expectativa, NÃO COMPRE. Se for extremamente necessário, elimine alguma outra despesa. A regra básica é não gastar nunca 100% do que você tem de rendimentos mensais!

Portanto, você precisará criar um hábito: anotar diariamente suas despesas! Existem diversos aplicativos seguros para celular que hoje ajudam você nessa missão. Inclusive, integram-se com sua conta corrente, seus cartões de crédito e avisam a cada compra realizada e “pedem” para você classificar as despesas. Não precisa de caderninho, mas ele ainda é muito útil pra muita gente. É questão de gosto!

Em maio/2020 publiquei no Linkedin um artigo chamado “O equilíbrio financeiro pode estar na palma da sua mão?” explicando em detalhes como funcionam diversos apps. Um guia realmente completo que apresenta os diferenciais de cada aplicativo, como você faz pra acessar, etc.

Confira aqui nesse link o artigo e descubra o seu aplicativo ideal.

8 – Elimine os supérfluos

Não compre por impulso. Siga exatamente à risca seu planejamento. Se você não tinha previsão de comprar no início do mês ou seja, não estava no seu orçamento, então não é hora de comprar! Mesmo que esteja barato ou que você queira muito. Lembre-se que a escolha de um supérfluo é uma renúncia para uma aquisição necessária que você terá pela frente, em algum momento. Resista!

9 – Tenha objetivos claros, com datas pré-definidas.

Faça uma lista do que você deseja adquirir ou defina um valor que você deseja acumular ou simplesmente não gastar nos próximos 6 meses (curto prazo), 12 a 24 meses (médio prazo) e quem sabe, para 3, 4 anos ou mais!

Faça desse esforço uma recompensa pra você! É impressionante o efeito da 1ª conquista! Depois que você entende que é possível, nada mais vai te fazer querer parar de continuar e jamais você irá agir como antes! A decisão de comprar será muito mais bem refletida e muitas vezes adiada ou simplesmente rejeitada! Você ficará ansioso pela próxima meta traçada e naturalmente vai ter automotivação. E, para sua surpresa, depois que atingimos os primeiros “20 mil reais”, atingir 40 mil será mais rápido, porque esses 20 mil estarão certamente aplicados e você também acabará se esforçando para juntar ainda mais.

Os objetivos não precisam ser necessariamente acumular um patrimônio num momento específico. Podem ser quitar seu cartão de crédito (curto prazo), trocar de carro ou fazer uma viagem há muito tempo desejada!

9 – Vá atrás dos investimentos inteligentes

Como assim? Existe isso? A resposta é sim!

São os investimentos que você tem disponíveis que fazem seu dinheiro render conforme o tempo passa. Portanto, nada de pensar em bens que depreciam. Ou seja, você precisa de ativos e não de passivos!

Dicas desses investimentos? Então leia os links a seguir que foram publicados no Multixplique

Pode começar com este aqui (Post #1 sobre investir em renda fixa)

Ao final de cada publicação você terá um link para a próxima e vai aprendendo um pouco mais sobre investimentos.

Esperamos que com essa publicação você tenha tido algumas reflexões para terminar 2020 fazendo um balanço e começar 2021 com novos e concretos planos…

#multixplique

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