Muitas pessoas não entendem porque não conseguem atingir simples metas financeiras pessoais. Elas não foram preparadas na infância/adolescência para lidarem com o uso do dinheiro. Simplesmente foram lançadas no “mundo dos adultos”, porque atingiram a maioridade e conquistaram um emprego ou alguma forma de renda.

É natural que o primeiro salário represente um marco pessoal importante. Para muitas pessoas é a liberdade para dizer “eu faço o que eu quiser como meu dinheiro e não tenho que dar satisfação a ninguém”.

Embora possa soar como verdade, eu costumo afirmar que nunca estamos livres de dar satisfação por nossas atitudes financeiras. Isso porque quando decidimos registrar nossos gastos/despesas, estamos reportando, seja em planilha, bloco de anotações ou um caderno, tudo que fizemos com o que ganhamos.

Muitas pessoas não registram como gastam seu dinheiro porque não gostam de lembrar os deslizes, as compras por impulso ou os gastos desnecessários realizados.

A verdade é que quando não registram, perdem a noção do quanto podem consumir e acabam se perdendo no meio de tantas prestações e passam a viver os meses seguintes de uma forma diferente: precisam do salário para poder pagar as contas que já foram realizadas.

A seguir, faço uma lista de 5 (cinco) sinais claros que uma pessoa está perdendo o controle de sua vida financeira:

1 – O dinheiro acaba antes do final do mês

Essa é clássica! As possíveis causas podem ser as despesas variáveis, não planejadas, que são realizadas sem uma reflexão sobre a real necessidade naquele exato momento. Outra possível causa seria um indício de um padrão de vida acima do possível, ou seja, um elevado custo fixo, tais como despesas de aluguel, condomínio, luz, telefone, internet, etc.

E qual a consequencia imediata? O empobrecimento. Pode ser que a pessoa esteja sendo obrigada a contratar empréstimos ou resgate parte do patrimônio investido para cobrir o saldo negativo.

2 – Uso do crédito rotativo (cheque especial)

É a consequencia do 1º item acima. Não há fórmula mágica. Se o dinheiro falta, é preciso cobrir de alguma forma. E a pior forma de fazer esta cobertura é permitir que o cheque especial assuma essa diferença negativa, nem que seja por uns dias. Isso porque os juros desse crédito são extremamente alto. Ao lado das dívidas de cartões de crédito, são os maiores vilões para a vida financeira de qualquer pessoa.

3 – Não sabe onde gasta o seu dinheiro

Uma das mais comuns características de quem não tem controle algum da sua vida financeira. De repente se dão conta que o dinheiro não está mais disponível na conta bancária. São tantas as “saídas” que a mente humana não consegue armazenar o histórico de todas as despesas que temos. É por isso que um controle bem feito ajuda (e muito!) a saber exatamente onde estão os maiores “escoamentos” de nossas despesas.

Atualmente existem diversos aplicativos disponíveis em celulares que auxiliam a ter um maior controle sobre como e quando gastamos. Não é preciso nada muito sofisticado, mas é importante que haja alguma forma de controle, para que se descubra o que deve ser feito para melhorar a forma como o dinheiro é administrado no mês, entre um pagamento e o próximo.

4 – Falar sobre dinheiro ou sobre o futuro não é um assunto “confortável”

Se uma pessoa não consegue fazer sobrar algum dinheiro ao final do mês, ou quando consegue, é muito abaixo do que precisaria, provavelmente “falar sobre dinheiro” ou “planos financeiros no futuro” será um assunto nada agradável.

Ninguém gosta de lembrar que não está preparado para o futuro. Ninguém gosta de pensar que precisaria estar com um patrimônio parcialmente já constituído para um futuro próximo e, pior ainda, que em função de não estar se preparando, o que será preciso ser feito para compensar o tempo perdido exigirá um esforço ainda maior.

5 – Ainda não faz nenhum tipo de investimento

Muito pior do que não saber onde investir, é não ter ainda começado porque não possui nenhum recurso disponível. Não existe um percentual “mágico” mensal a ser poupado, líquido dos rendimentos. Porém, há que se entender que o que for separado deve ter uma finalidade específica:

  • Aposentadoria
  • Reserva de Emergência
  • Projetos de curto e médio prazo (viagens, cursos, reformas na residência ou qualquer outra preferência pessoal).

O que deve ficar claro é que embora o dinheiro guardado possa ser mensalmente reservado, ele precisa ter uma destinação (em investimentos específicos). Por exemplo: Se o objetivo for constituir uma reserva de emergência, o investimento deve ser feito em títulos de baixo risco e alta liquidez. Já os projetos de médio e longo prazo, podem ter um pouco menos de liquidez e maiores riscos (visando maiores retornos).

Não investir é o mesmo que ficar “parado”. É deixar o tempo, o maior aliado nos investimentos, “desempregado”. Isso porque quando o tempo conquista “um emprego” na sua vida, o seu dinheiro começa a ser investido e começa a render. Os juros compostos se mostram o maior aliado do investidor.

Se você identificou alguns desses sinais na sua vida financeira, faça uma reflexão e veja se faz sentido para você estudar uma forma de mudar, de criar uma estratégia para conquistar o que você tanto deseja.

Somos um portal de Educação Financeira, ajudamos pessoas a atingirem seus objetivos financeiros. Como? Fazemos entrevistas, estudamos, planejamos e lhe apresentamos uma proposta, baseada em suas prioridades, em sua capacidade de poupança e de mudança de hábitos. Alinhamos juntos metas de curto, médio e longo prazo. Definimos “checkpoints”. O nosso acompanhamento é você que define a periodicidade (quinzenal, mensal ou bimestral).

Se você quer mudar seu estilo de vida, de forma consistente e racional, já sabe onde buscar ajuda.

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