(Tempo de Leitura: 4 minutos)

Com a chegada do fim do ano, o mercado de previdência privada fica "aquecido"...Vale a pena entender o porquê isso é tão bom para você!


Todo ano a história se repete: Vem chegando o Natal, o comércio se prepara para o fechar com “chave de ouro” o seu ano (em muitos casos a busca é para “salvá-lo”), mas, o fato é que as empresas enxergam sendo essa, a oportunidade para atingir os objetivos traçados durante o ano. Assim, vemos um aumento crescente de ofertas para todos os lados. É como se de repente fosse declarada como oficial, a temporada de caça ao dinheiro do consumidor. Estou falando nesse momento do dinheiro que nós, ilustres trabalhadores, lutamos para conquistar, diariamente.

Sim, no meio de tantas ofertas, nos vemos envolvidos com o clima de fim de ano, com uma “obrigação” de comprar presentes para familiares (sem empolgar hein, rs), confraternizações entre tantos outros eventos. É nesse momento que começamos a reservar uma parte do nosso 13º salário para poder atender a tudo e a todos.

E, sabendo desse “salário extra”, recebemos ligações, e-mails, SMS e até mensagens por whatsapp, de nossos gerentes de contas bancárias, (que estão com a espingarda em mãos nesta caça), com ofertas de produtos diversos: fundos de investimento, debêntures, seguros, títulos de capitalização (por favor, se você está lendo esse artigo, prometa a si mesmo jamais aceitar comprar esse produto), que por mais que tenham “embalagem” bonita, nem de longe pode ser considerado um investimento. Me desculpem os gerentes, eu até entendo o trabalho de vocês, mas, sei também que vocês podem e devem oferecer o que há de melhor em seus bancos a nós, seus legítimos clientes, que merecemos sua atenção especial.

A previdência privada, tão importante e cada vez mais competitiva, oferece um “plus” que pode e deve ser melhor aproveitado… Trata-se do benefício fiscal (ôpa, gostei hein!) que está disponível a todos que atualmente declaram o Imposto de Renda no modelo completo.

Em outras palavras: existe um limite anual de 12%, a ser integralmente abatido sobre o seu rendimento anual recebido, para fins de dedução no Imposto de Renda. Isso quer dizer que você tem uma OPORTUNIDADE de pagar menos IR. Você sabia disso? Já fez as contas? Acredite, muita gente ainda não fez. Para isso, você precisa realizar contribuições previdenciárias em planos de previdência existentes no mercado, tais como os PGBLs oferecidos por bancos, seguradoras e recentemente corretoras, como diversos planos de previdência corporativos, associativos, incluindo os planos de Fundos de Pensões (as Fundações – Entidades de Previdência Fechada Complementar – EFPCs).

Obs: Os planos VGBLs não permitem essa dedução. Não faça investimentos com o propósito deste benefício fiscal, ele não existe! Existem outras vantagens para os VGBLs, mas esse é assunto para outro artigo.

Exemplo:

Para ilustrar melhor esse cálculo, suponha o seguinte cenário:

Estamos chegando no final do ano e você ainda não contribuiu nada este ano para um plano de previdência e seu rendimento bruto anual será de R$ 100.000,00. Logo, 12% deste valor corresponde a R$ 12.000,00 (este é o valor máximo que você consegue deduzir). Isso permite que o imposto de renda, que teria a alíquota de 27,5% aplicada sobre R$ 100 mil, seja aplicada sobre R$ 88 mil Ora, 27,5% x R$ 12 mil = R$ 3,3 mil.

Oportunidade:

Essa simples estratégia permite que você, que sonha em realizar investimentos que alcancem excelentes rentabilidades, tenha os seguintes resultados imediatos:

O efeito dos juros no longo prazo.

1 – Você terá uma rentabilidade inicial de 37,9%, independentemente de qual tenha sido o plano de previdência escolhido. Isso se explica porque, no ano seguinte você terá direito a uma restituição de R$ 3.300,00 ou poderá diminuir o imposto a pagar, dependendo de como for a sua situação específica (nº dependentes legais, volume de despesas médicas, despesas com educação e total de imposto já pago no exercício), no ajuste anual do IR).

E essa rentabilidade fenomenal? Como eu calculo?

Resposta: No final, você terá investido R$ 8.700,00, mas seu patrimônio será de R$ 12.000,00.

Acabou? Não, ainda tem mais um detalhe: enquanto não for paga a você a sua restituição, ela ainda será corrigida pela variação da SELIC, respeitando os prazos do calendário de recebimento do Imposto de Renda.

2 – Você estará investindo em seu futuro, na sua aposentadoria, nos dias em que você programa estar com “os pés pra cima”, fazendo o que bem entender da sua vida.

3 – Começando agora, você poderá fazer deste investimento um hábito, que só irá lhe trazer benefícios, de imediato, como já vimos, como no futuro. afinal, o beneficiário será você mesmo. Lembre-se do poder dos juros compostos e o efeito positivo nos seus investimentos, à medita que o tempo passa.

Ah, e quanto ao Natal? As compras do fim de ano, Hugo? O que eu faço?

Lembre-se que dentro do seu orçamento anual, o dinheiro é finito. Você está no comando e tem o poder da decisão de como irá utilizá-lo. Como planejador financeiro, eu estou lhe indicando uma oportunidade de ouro. Com criatividade, bom senso e responsabilidade, tenho certeza que você conseguirá tomar as melhores decisões, saberá presentear a todos, sem esquecer de se presentear. Essa dica vale para sua vida.

Te desejo boas escolhas.

Se você gostou deste artigo, escreva seu comentário aqui.

Até a próxima publicação.

Hugo Elsenbusch

Deixe um comentário